quinta-feira, 26 de março de 2009

Evidências de um Dilúvio?

Pude conversar com dois jovens que me encontraram na zona norte de Porto Alegre, disseram ter me reconhecido pela foto e, após as apresentações, contaram-me, que haviam lido minha coluna após encontrarem-na num ônibus.
Muitas sugestões e perguntas depois tive o prazer de receber a dica do tema desse mês: evidências de um dilúvio.
Lógico que esse tema não será totalmente abordado somente em um artigo. Vamos tentar, no espaço que temos, analisar detalhes e situações, que são variadas, uma a uma.
Realmente há muito mito a esse respeito e mesmo piedosos crentes, precisam de informações a esse respeito.
Para uma compreensão exata desse assunto, vamos identificar o motivo de nossa pesquisa, os chamados fósseis. Talvez a primeira pergunta que se fez em sua mente seja: o que são fósseis?
Os fósseis são um registro, uma evidência ou resto de planta ou animal que viveu no passado. Geralmente, não se refere às coisas que morreram recentemente. Um fóssil pode ser uma impressão ou desenho em uma rocha.
Para que isso aconteça, existem alguns critérios básicos. Primeiro, o organismo tem que ser enterrado rapidamente, e numa camada profunda para iniciar o processo da fossilização, segundo, deve ser um evento rápido, para que não haja a ação de bactérias decompositoras com a presença do oxigênio; terceiro, ele precisa permanecer enterrado para que a fossilização aconteça. É necessário frisar que, a fossilização, na maioria dos casos, é a troca de elementos orgânicos (cabelo, pele, [proteínas, gordura,] etc) por elementos inorgânicos (sal, flúor, cálcio, carbono, etc), mantendo o registro na pedra.
Alguns, como grande parte dos evolucionistas, crêem que esse processo possa durar muitos anos, o que sabemos, não pode acontecer. Você pode perceber isso com qualquer animal morto, abandonado na rua. Todo e qualquer ser vivo que pereça, apodrece e vira pó.
Para que sejam satisfeitas essas condições, precisamos de um evento de escala universal. No registro histórico, há somente um evento que, variando de localidade para localidade, recebe, de modo geral a mesma história: O dilúvio. Sejam índios americanos, tribos australianas, egípcios, ou fenícios, entre tantos outros, todos registram alguma catástrofe nos moldes do dilúvio.
Outra evidência é o fato de que, mesmo nos dias de hoje, sabermos que 99% de tudo o que já foi vivo, está morto e boa parte fossilizada, ou transformada em depósitos de petróleo e gás. Essa é uma clara evidência de que um dilúvio global soterro-os fundo, nas profundezas, fossilizando-os.
Essa rapidez nos processos de fossilização pode ser constatada por algumas evidências:
a. Os contatos plano-paralelos, entre os extratos sedimentares, se estendendo lateralmente por grandes áreas e sem vestígios de erosão, não permitem a existência de lacunas ou hiatos entre as camadas;
b. Os depósitos sedimentares associados às correntes de turbidez (turbiditos) ocorrem abundantemente no registro geológico e existem evidências de sua rápida formação.
Segundo os evolucionistas, a ordem de soterramento, mostraria o estágio de evolução a que os seres chegariam. Assim, foi montada a coluna geológica, que identifica a posição em que os seres, teoricamente, deverão ser encontrados.
Assim chegamos a outra evidência: O problema é quando encontramos seres que perpassam as eras geológicas com grandes diferenças de tempo entre cada uma delas.
Recentemente, encontram um fóssil de árvore, nos arredores do Vale de Yer na Alemanha, que incomoda a muitos evolucionistas.
Esse fóssil de árvore, fossilizado em estado de vida, ou seja ereto, perpassa várias camadas geológicas. Que idade se poderia atribuir a ele? Ou quem sabe, deveríamos manter a idéia de que, suas raízes morreram e foram fossilizadas a milhões de anos, enquanto seu caule crescia em outros milhões?
O que é mais fácil crer e entender: Que esse é um processo evolutivo, ou há algo de errado com o modelo adotado até aqui?
Estas são evidências que carecem de explicação pois desafiam o senso comum e principalmente, o senso científico. A não ser que se leve em conta o modelo bíblico de raciocínio. Algo que sabemos, não irá acontecer. As profecias falam de um povo cada vez mais amantes do prazer do que de Deus.
O resultado é simples, mais e mais dúvidas e incertezas, explicações mirabolantes e evidências montadas em fantasias.
O que desejar se não a verdadeira sabedoria. A sabedoria que liberta e auxilia, que ampara e faz compreender os eventos desses últimos dias.Oro para que você encontre as evidências que o faça fundamentar sua fé em Deus.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Menino: Quem foi teu mestre? Parte II




Se você vem nos acompanhando, no mês passado, analisamos os livros didáticos e a maneira como esses tem convencido, professor e aluno, de que o modelo de evolução parece ser o único a explicar as origens da vida na Terra.
Nesse mês, vamos aprofundar esse tema e tentar, no espaço que temos, ampliar essas considerações.
Existe um método que todo livro didático de ensino de biologia aplica quando se refere à ciência. Eles possuem um capítulo destinado à explanação do método científico e, em seguida, definem ciência como toda descoberta científica que segue um método detalhado e com um conjunto de experimentações (experiências) que possam confirmá-la. O contrário também aparece.
Mas o conceito de ciência como expressão do método científico é uma franca demonstração positivista e está totalmente ultrapassada, devendo ser revista urgentemente como fundamentação dos livros didáticos de Biologia. Cremos que a mente adolescente fica prejudicada por ter somente uma visão positivista da ciência, em detrimento dos maiores questionamentos a que vem sendo submetida e discutida essa tal ciência que tanto se pronuncia. Feyerabend (1977 apud BORGES, 1996, p.65), assevera que “qualquer método que estimule a uniformidade leva ao conformismo e deteriora o raciocínio. Só a pluralidade de idéias pode levar ao progresso”. É em nome dessa pluralidade que devemos explicitar as variadas formas de pensamento a respeito da origem da vida, valorizando o conflito de idéias, aceitando opiniões e demonstrações das pessoas que, em última instância são o objetivo do processo educacional, conforme preconiza os PCN’s.
Tratada desta forma, esta análise a respeito da origem da vida já torna a mente jovem condicionada a crer na veracidade e validade do método no qual está inserida a ciência, numa franca oposição ao que dita a LDB.
O tema da origem da vida tem levantado acalorados debates a respeito da formação da Terra e da própria humanidade, fazendo muitas pessoas entrarem em choque. Evolucionistas são tratados como cientistas enquanto que criacionistas são estúpidos.
Do modo como são escritos os livros didáticos de Biologia a ciência é fundamentada e possui seus alicerces na capacidade de experimentação, ou seja, naquilo que pode ser confirmado através de uma experiência. Mas o que se percebe logo, na leitura mais atenta de qualquer artigo ou programa de TV, é que não há como obter provas, e muito menos fazer qualquer tipo de experimentação sobre nossa origem, pois estas estão perdidas no tempo histórico e não podem mais sofrer a análise da ciência.
Nesse sentido, quando argumentamos sobre a origem da vida não é correto dizer teoria, ou prova científica. É mais coerente dizer MODELO e EVIDÊNCIA. Desta forma, o mais correto e ético a fazer é escolher um modelo com base em suas evidências. O modelo que apresentar o maior número de evidências deverá ser o ideal. Os livros didáticos, como já mencionamos, formam a mente jovem de tal maneira que a única ciência que lhe será descrita é a positivista e o único modelo com respeito a origem, o evolucionista.
De modo geral existem quatro correntes que advogam deter a resposta com respeito a origem da vida. Elas são mostradas na Tabela 1.



Todos esses modelos advogam para si o direito de constituir-se a fonte de respostas as indagações sobre nossa origem. Após nossa análise, percebemos que cada um possui sim, elementos e evidências que avalizam sua forma de constituir ciência. Stephen Hawking (Apud BARBOUR, 2000, p.65) diz que As probabilidades contra um universo como o nosso ter surgido de algo como o Big Bang são enormes. Acho que existem envolvimentos nitidamente religiosos. Ampliando ainda essa discussão, continua (HAWKING, 1998, p.63) Seria difícil explicar por que o universo teria começado desta exata maneira, a não ser como o ato de um Deus que quisesse criar seres como nós. Outro acréscimo a essa maneira de pensar vem de Arno Penzias (BROWNE, 1978, p. 26), ganhador do Nobel por suas descobertas sobre a radiação cósmica de microondas em segundo plano, o que possibilitou a ampliação e o respaldo necessário ao entendimento do Big Bang, afirma: Os melhores dados que temos são exatamente aqueles que eu havia previsto, e eu não tinha com o que prosseguir a não ser os cinco livros de Moisés, os Salmos, a Bíblia como um todo.
Diante desse panorama, acredito que fica clara a importância de se discutir o papel, a qualidade e a seleção dos livros didáticos numa unidade escolar. Um planejamento efetivo, feito por profissionais da área devidamente formados, inteirados e comprometidos com o desenvolvimento de sua comunidade, trará os benefícios necessários à formação do cidadão. Cidadão esse, tão necessário aos dias de hoje, diferente do aluno que é tratado como "(...) alguém subalterno, tendente a ignorante, que comparece para escutar, tomar nota, engolir ensinamentos, fazer provas e passar de ano" (DEMO, 1997, p.15).
Se um ou outro modelo a respeito da origem da vida é mais ou suficientemente correto não é nosso intento provar ou demonstrar. Nosso questionamento envolve o fato de que não se pode apresentar prova empírica sobre nenhum deles, e que portanto, todos sejam apresentados nos livros didáticos, respeitando o que preconizam as leis que definem a produção da literatura didática em nosso país.
Mas uma discussão precisa ser levada a efeito. VOCÊ pai e mãe zelosos do conhecimento que seu filho está armazenando, o que tem feito para ajudá-lo a não abandonar a Igreja? Tem feito sua parte em escolher uma escola de qualidade para seu filho(a)? Tem se interessado pelos debates, livros e materiais que ele vem utilizando na escola?

Muitos de nossos jovens tem abandonado as fileiras da Igreja por estarem em constante conflito. Isso tem de acabar.
Para que você tenha uma idéia de como essa briga é desleal, no dia 13 de dezembro de 1998, o caderno “mais!” da Folha de São Paulo trouxe na capa o título “extremos da evolução”. Nos artigos, foram abordadas as divergências entre expoentes evolucionistas como Richard Dawkins e Stephen Jay Gold. Apesar das discordâncias, o comentário de John Smith, um dos papas da Biologia moderna, é conclusivo:
“Por causa da excelência de seus ensaios, [Gould] tornou-se conhecido entre os não-biólogos como o mais destacado teórico da evolução...”
“Em contraste, os biólogos evolucionistas com quem discuti seu trabalho tendem a vê-lo como um homem cujas idéias são tão confusas que quase não vale a pena ocupar-se delas, mas alguém que não se deve criticar em público por ao menos estar do nosso lado contra os criacionistas”. Perceba, para os evolucionistas, um idiota, mas permissível pois pelo menos nos ataca, os criacionistas.
São esses os autores ocultos dos livros que seus filhos utilizam. É essa a formação que pretende para suas crianças?


Referências Bibliográficas:
BARBOUR, Ian G. When Science Meets Religion. New York: HarperCollins, 2000.
BORGES, Regina. Em debate: cientificidade e educação em Ciências. Porto Alegre: SEC/SECIRS, 1996.
BROWNIE, M. Clues to the Universe’s Origin Expected. New York Times, 12 March 1978.
DEMO, Pedro. “O desafio de educar pela pesquisa na educação básica”. In: Educar pela pesquisa. 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.
HAWKING, Stephen W. A Brief History of Time. New York: Bantam Press, 1998.

Menino: Quem foi teu mestre? Parte I

Tinha terminado a palestra e, na saída, alguns jovens vieram me interpelar com muitas perguntas. Uma me deixou curioso. Um pai, perguntava-me como tirar o filho da evolução. Achei curioso o tema e passei a conhecer sua história. Seu filho a muito, estudava a evolução em sala de aula e, aos poucos, deixou-se levar pelas histórias mágicas contadas pelos seus professores. Seu pai achava que tudo isso era normal, educação formal e normal. Até o dia que o menino se tornou jovem e o desafiou em público. Professor, disse-me ele, meu filho é um estranho para mim.
Nesse mês, quero analisar a dúvida desse pai e, de quebra, compartilhar sua história com vocês. Quando discutimos a respeito das origens, uma única idéia aparece na cabeça das pessoas: Evolução. Torna-se então complicado tentar convencer alguém que sempre pensou de um só modo, a sequer refletir sobre uma nova forma de entender as coisas. Quando analisamos esse modelo de pensar, esbarramos, no processo em que os seres humanos são educados: A escola e, principalmente, o material didático que utiliza.
Se do 1ª ao 5º ano (antiga 1ª à 4ª série) as crianças só ouvem sobre evolução, se do 6º ao 9º ano (antiga 5ª à 8ª série) os juvenis reforçam a evolução, e, ainda, do 1º ao 3º ano do Ensino Médio nossos adolescentes ampliam a noção de evolução culminando, nos anos de faculdade a “provar” a evolução, no que, finalmente ele acreditará? Como convencê-lo de que existe outra maneira de pensar a origem da natureza? Quem é o agente que transporta esse modo de pensar?
É inevitável o assunto. Quando se fala sobre sala de aula, o livro didático aparece na primeira fila ou na primeira classe. Tido por uns como o elemento unificador do processo ensino-aprendizagem, e, por outros, como o vilão que estagna a educação em todos os níveis, questionar a sua utilidade tem sido recorrente. Mas a que ponto se chegou? Existe algo que pode ser acrescentado a esse caso, de relevância para a discussão?
Vejo de modo positivo a presença do livro no ambiente escolar. Porque ele é, para muitos alunos, a única fonte de conhecimento de um mundo muito além da sua própria realidade. Muitas crianças, por meio das páginas, imagens, guias e mesmo boxes podem viajar à lugares que não teriam condições de ir pessoalmente. Com esse vislumbre, podem ampliar os seus próprios sonhos.
É o livro, que bem usado, abre espaço para o exercício da cidadania em sala de aula, por meio de debates, mesas-redondas e a pesquisa em bibliotecas. Como o conteúdo já vem impresso em suas páginas, pode-se partir diretamente para a explicação, sobrando tempo para discussões mais relevantes.
Mas os livros didáticos usados para explorar a ciência (área de ciências do Ensino Fundamental e Biologia do Ensino Médio) estão preparados para libertar nossos alunos da ignorância e do preconceito? Estariam os livros usados preparando nossos filhos e filhas a fim de que discutam sobre suas origens e mesmo sobre a visão de mundo reinante?
Um aspecto fundamental a ser analisado são as referências aos documentos oficiais do Governo e a maneira como esses, coordenam a forma como o conteúdo, dentro da área, deve ser informado aos alunos. Vamos analisar, como exemplo, o Ensino Médio, na disciplina de Biologia, que aborda a Evolução como única fonte de modelo para a origem da vida.
A LDB, lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996), em seu artigo 35, incisos I e III, preconiza que a finalidade do ensino médio é habilitar o educando a ser capaz de continuar aprendendo, a ter autonomia intelectual e pensamento crítico. Para que isso aconteça é preciso fornecer-lhe um dos pressupostos básicos do seu aprendizado, que é a possibilidade de discussão, para que possa elaborar o julgamento que melhor representa seu pensamento. Como pode haver discussão se o aluno só terá analisado uma forma de pensar? Isso está contemplado, de maneira mais direta e efetiva, nos PCN do Ensino Médio (PCN-EM, p. 116, 219), nas competências e habilidades das Ciências Naturais, onde fica claro que o currículo deve permitir ao educando compreender as ciências como construções humanas, entendendo que elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas... e que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar.
Os livros didáticos na área de Biologia têm apresentado graves distorções ao apresentarem aos alunos, em diversas publicações, provas da Evolução, quando deveriam argumentar em favor de evidências da Evolução. Todos, sem exceção, dedicam um número significativo de páginas a respeito da evolução sintética, sem sequer questionar ou explanar a respeito de quaisquer outras teorias. Isso invalida o que preconiza o PCN-EM.
O MEC já sabe desse problema. Em publicação do próprio MEC, denominada Ensino Médio: Construção política – Síntese das Salas temáticas (BRASIL, 2003, p. 42), na parte que analisa e comenta o livro didático, há destaque ao fato de que alguns livros didáticos apresentam reducionismos grosseiros e transposições simplificadas da realidade, o que compromete o aprendizado do aluno” e que “há muitos livros didáticos de má qualidade em que o conhecimento é apresentado de forma fragmentada, incluindo muitas vezes conceitos errados ou distorcidos.
Não é isso o que vem ocorrendo com o ensino de Biologia, no que diz respeito à origem da vida, quando analisa e avaliza a evolução natural, baseada nos escritos de Charles Darwin? Mesmo ao leitor não assíduo de revistas de divulgação científica fica patente a crítica, a identificação de fraquezas epistemológicas e científicas que essa teoria possui, visto serem amplamente discutidas na literatura científica por abalizados especialistas, nas mais diversas áreas. O porquê de tal proteção é um mistério.
Assim, o estudante acaba por tomar conhecimento apenas de uma pequena fração das possibilidades existentes a respeito da origem da vida, em franca oposição à ordem preconizada pela LDB. Em qual momento se dará, então, a habilitação do aluno para que possa aprender a aprender, gerando sua autonomia intelectual e exercendo pensamento crítico, mesmo da significação da ciência, da construção do que podemos chamar de ciência, não sabemos.
Em recente documento reproduzido no Caderno Catarinense de Física, o autor Roberto Martins (1998, p.243-64 e 265-300), faz uma análise da obra de Marcelo Gleiser, atual divulgador de ciência da maior rede de TV no Brasil, onde mostra que estão equivocados seus comentários com respeito à ciência e à própria Física. Assim, o programa de maior audiência, ao invés de ensinar os conceitos corretos com relação à ciência e a uma de suas áreas, peca por influenciar, confundir e atemorizar o público, que vê no processo evolucionista a única alternativa viável e científica de compreensão do processo de origem da vida.
Na parte que pretende analisar o livro didático, em propostas (BRASIL, op. cit, p. 46), o MEC mais uma vez mostra que precisa haver mudanças nessa área, já que no processo de construção do livro didático os eixos que deveriam nortear sua proposta de produção deveriam ser “educação, comunicação e conhecimento”, pois quando se pensa a educação e a comunicação “pensa-se na linguagem como não neutra, com significado, dialógica, que não procura consensos, mas que expressa contradições”.
Fica claro que a forma como os livros didáticos de Biologia abordam o tema da origem da vida é falho, pois privilegia somente uma forma de encará-las. Se pelo menos oferecesse outras vertentes e suas evidências, seria melhor, pois o aluno poderia propor questões e mesmo hipóteses que deveriam ser, em sala de aula, questionadas, analisadas e aceitas ou abandonadas.
Que fazer então? Porque o criacionismo ou o desígnio inteligente não são ensinados nas escolas?
Esse artigo continua. Até a próxima.

Cérebro de um, comportamento de outro?



Esse mês, um dos e-mails me deixou entusiasmado, pois o leitor, ao que parece, um questionador nato, me inquiriu sobre a homossexualidade e a posição bíblica. Recentemente, a mídia divulgou resultados de uma pesquisa que afirmava que o cérebro de um homossexual é igual ao de uma mulher. Em suma, dizia o dito estudo que o homem gay tem cérebro feminino. Essa pesquisa, dizia a reportagem, comprovava que os homossexuais nascem desse jeito, que não teriam culpa de seu comportamento, enfim, que Deus errou no projeto de idealização dos seres humanos.






Bom, Tem alguma coisa errada. Em ciência, pesquisas como essas não refletem certeza, nem mesmo objetividade. Assim, quando se analisam materiais como esse, é muito comum encontrar certezas científicas em lugar de proximidades, já que em áreas experimentais, mesmo usando-se o método científico, é raro poder-se afirmar honestamente qualquer coisa com absoluta certeza. E quando não se usa o método científico as incertezas intrínsecas costumam ser muito maiores.
Expressões como provavelmente e talvez, deveriam ser preferidas a expressões de certeza e definição. Quando leio palavras como provavelmente e talvez, entendo que tendem a indicar de uma maneira honesta alguns dos limites dos conhecimentos dos autores, os cientistas. Graves, também, são afirmações que escondem as incertezas presentes nos conhecimentos de quem está se expressando, pois os artigos que usam expressões que parecem afirmar certezas tendem a estar mais distantes da própria metodologia científica que enaltecem.Um ponto estratégico no qual um grande número de pesquisadores fracassa em relação ao uso do método científico é a medição do grau de certeza de suas conclusões. Mesmo itens nos quais tem-se a maior confiança, normalmente apresentam um nível de confiança bastante menor do que 100%, do ponto de vista matemático.


Na Física, por exemplo, são realizados inúmeros experimentos, a fim de determinar a confiabilidade dos princípios usados.
Por exemplo, um físico pode afirmar que a massa de um antipróton é igual à massa de um próton. Isso pode ser uma verdade exata no contexto de muitos modelos bem sucedidos, mas, para ser preciso de um ponto de vista experimental, ele deveria afirmar em uma revista de divulgação: "Um antipróton muito provavelmente tem massa igual à de um próton."
Já em um trabalho científico, mais apropriado seria traduzir a expressão muito provavelmente pela informação que está por detrás da declaração, isto é: "Pode-se afirmar, com nível de confiança de 90%, que p-a/p <>

domingo, 28 de dezembro de 2008

Caminhando com os Dinossauros

Aqui em nossa coluna, já se tornou muito comum a interação entre o articulista e você leitor. Esse caso de admiração é recíproco e muitas vezes me leva a pensar em quanto esse espaço é único e necessário no mundo cristão. Muitos acreditam viver numa espécie de bolha espiritual, pensando estarem isolados em sua adoração à Deus. Muitos acham que não possuem evidências pelas quais possam provar a fé que professam e, por isso, muitos jovens abandonam a fé, crendo que professores evolucionistas sabem mais que eles. Mas não é assim. Por isso, nosso e-mail está à disposição, para quaisquer dúvidas e esclarecimentos que desejarem.
Foi dessa interação que nasceu a coluna desse mês. Um pequeno jovem, de 12 anos, me escreveu sobre um grande mistério para ele: Os dinossauros. Seu e-mail estava cheio de perguntas, e espero, no espaço que temos, ter podido ajudar em algumas de suas dúvidas.
Sim, a Bíblia os menciona. Há consenso entre os grandes pesquisadores criacionistas que o leviatã de Jó 41, bem como as bestas feras são referências aos dinossauros; e sim, eles existiram.
Uma das coisas que você deve levar em conta ao analisar os dinossauros é que a palavra dinossauro foi criada em 1841 por Sir Richard Owen, e que a tradução da Bíblia é de 1841, ou seja, não havia esse nome para a tradução. Mas isso é um outro artigo.
Já foram contabilizados ao redor de 300 tipos (gêneros) e essa lista não para de crescer, já que as amostras estão sendo submetidas a novos aparelhos de detecção o que pode ampliar e muito esse número. Eles são conhecidos, variando do tamanho de um peru, até uns 13 metros de comprimento. Quase metade desses são representados por somente um espécime, enquanto que dez conhecidos deles, respondem por 40 espécimes. A grande diversidade dos dinossauros é encontrada nas rochas do cretáceo superior (Maastrichtiam), segundo os evolucionistas. Uma camada de rocha que fica, vamos dizer, quase no meio do estrato de rochas de nosso planeta. Eu mesmo tenho alguns deles em casa, que levo em minhas palestras.













Imagem de dinossauro numa rocha

Há algum tempo atrás, noticiou-se que foram encontradas pegadas humanas junto à dos dinossauros, algo que tumultuou a internet e tomou de reboliço algumas comunidades de crentes desde os Estados Unidos até o Brasil. Mas infelizmente, essa notícia não foi bem tratada. Realmente há variações da notícia, mas existem algumas dessas pegadas que, por estarem na mesma camada geológica não poderiam ter sido falsificadas. Essas imagens são de uma região em um leito de rio no Texas (Paluxy), nos Estados Unidos e tomou de espanto boa parte das pessoas. Continuo a espera de mais dados para referendá-los ou não. Acho curioso o fato de ambas (dinossauro e humana) estarem na mesma linha geológica, algo difícil de falsificar.
A alimentação dos dinos, segundo alguns pesquisadores, não era muito variada. Aparentemente muitos dos dinos (os achados com condições de análise e os que possuíam arcadas dentárias para isso) eram herbívoros. Alguns podem ter comido animais pequenos se eles eram disponíveis. Alguns comiam peixes, enquanto outros provavelmente comiam animais maiores, como outros dinos, mas a variabilidade não era muito grande. Os tipos vegetais são bem distintos e característicos dos períodos em que os dinos viveram.

O comedor de vegetais mais conhecido:
O Braquiossauro de 40 metros

Hoje, existe uma questão que divide os cientistas: Os dinossauros tinham sangue quente? A maioria dos cientistas não concordam com esta questão. Provavelmente os dinos não possuíam sangue quente, pelo menos do jeito como os pássaros e os animais de hoje. Eles podem ter vivido num clima úmido e quente, o qual significaria que eles não teriam problemas em se manter aquecidos. Além disso, seu metabolismo poderia ser bem mais rápido do que os dos répteis de hoje. Na verdade, creio que tinham sangue frio, como os lagartos. Essa, aliás, é uma forte evidência de uma mudança climática drástica. Cientistas evolucionistas, não seria o dilúvio esse agente modificador?
Em imagem do filme Jurassik Park, mostrando um Braquiossauro, mostra-o levantando o pescoço e até mesmo ficando em duas patas, algo que fisicamente é impossível por diversas variantes. Mas esse já é outro artigo, ok!
Mas, afinal de contas, os dinossauros foram obras da Criação ou resultado do mal?
Deus criou toda a vida, incluindo os ancestrais dos dinossauros. Contudo, nós não sabemos o quanto os animais poderiam ter mudado depois da criação. Não conseguimos identificar qualquer fóssil como sendo de um indivíduo originalmente criado. Os únicos fósseis que nós possuímos são animais que viveram mais de mil anos depois da criação, já sob a ação do pecado. Então, não sabemos como uma forma original criada se parecia, nem se o nosso conceito de beleza é o mesmo de Deus. Sabemos que a serpente voava e que era o ser mais belo dos animais criados por Deus. Ao que tudo indica, os dinossauros são transformações que ocorreram nos seres vivos originariamente criados por Deus que sofreram a ação do pecado. Essa mudança alcançou o auge no período que antecedeu ao dilúvio. Os dinossauros provavelmente viviam em áreas diferentes das dos humanos. Pesquisas recentes mostram que as patas dos dinos possuíam áreas centrais com uma espécie de acolchoamento. Esse acolchoamento no meio, algo como um amortecedor conseguia absorver parte do impacto de seu grande peso. Isso os afastaria das regiões que, segundo a Bíblia, era a habitação dos humanos, as áreas de pedras.
Alguns especulam que os dinos estariam na arca. Ninguém sabe a resposta para esta questão. Não há evidência de que eles estiveram na arca, e nem evidências de que eles existiram depois do dilúvio. O que nós podemos dizer é que parece que eles foram destruídos no dilúvio. Ocasionais relatos foram feitos sobre a existência de um dinossauro na Escócia, Zaire ou no Oceano Índico. Nenhum desses relatos foi comprovado, e tais relatos parecem ser falsos.
Com a criação, Deus fez tudo perfeito. Com a queda, coisas começaram a acontecer, transformações, mutações na natureza. Isto fica evidenciado quando Deus sentencia a terra que produza espinhos e abrolhos, e que a serpente deveria, de agora em diante, rastejar (uma mudança, já que ela devia voar). Com o tempo, essas modificações num ambiente ideal como era a Terra antes do dilúvio, formaram toda a sorte de seres que tiveram de "se virar", para sobreviver. Os grandes animais da Terra, puderam então conviver com os homens. Creio que devido a algumas limitações (Temperatura do corpo, por exemplo), dinos e seres humanos tinham locais próprios para viver, cada um na sua área. Deus então viu que a corrupção da terra (homens e animais) estava por demais, e o único meio de limpeza era o dilúvio. Deus salvou os animais que seriam interessantes permanecer e os que infelizmente não poderiam sobreviver, pois colocariam o homem, em perigo.
Mesmo o ser humano era muito grande para os padrões de hoje. Deuteronômio 3: 11, fala a respeito de Ogue, Rei de Basã, com algo em torno de 4 metros de altura. Diz a Bíblia que ele era um dos últimos gigantes sobre a terra. Então, o normal era quanto? 2,5 metros? Isso já não é altura suficientemente grande?
Esse não é o fim desse tema. Bom, pelo menos no espaço que temos é o suficiente por hora. Mas não deixem de escrever, perguntar, enfim, resolver os problemas com respeito às evidências que cercam nossa fé em um Deus pessoal e disposto a contar até mesmo, os fios de cabelo de sua cabeça.
Em breve, estaremos nos vendo diante de uma cena fantástica e que muitas profecias já predizem como próxima: A volta do Senhor Jesus em glória e majestade. Assim, essas e outras perguntas, creio, faremos ao próprio Criador.Crê você nisso?

Pedras do Céu II



Em nossa coluna anterior, analisamos os asteróides que Josué viu cair desde o vale de Bete-Horom até Azeca (Josué 10:11). Chegamos a analisar a história da Terra vista por um dos grandes cometas, o Hale-Bop. Mas isso acaba aqui? Temos algo a acrescentar sobre o tema?
É importante lembrar que, toda vez que um cometa passa próximo a Terra, ele libera pedaços de pedra e poeira, que ficam no espaço. Somente quando a Terra der seu giro ao redor do sol, é que, naquele ponto, esses pedriscos e essa poeira, entrarão em nossa atmosfera, causando as vezes um fenômeno de rara beleza, onde muitos nesse instante, vêem discos voadores, seres mitológicos, dentre muitos outros ditos, “fenômenos”. Mas isso, creio, o leitor deduzirá por si próprio.
Muitos leitores me enviaram e-mails perguntando que grande meteoro seria esse a, possivelmente, se chocar com a Terra. Talvez, isso nos traga a memória (e é de propósito) o fato de termos sido pegos de surpresa com a recente notícia que um meteoro, o 1997 XF11, poderia se chocar com a Terra, no dia 26 de outubro de 2028, exterminando assim, com a vida, numa que seria, uma calma tarde de primavera.
Poderia ser esse o fim do mundo? Existiriam evidências desses choques ainda hoje?


















Imagem de Júpiter e as manchas do Shoemaker-Levy 9
Retirado de http://www.nasa.gov/worldbook/jupiter_worldbook.html

Quando o cometa Shoemaker-Levy trombou com júpiter em 17/07/94, um super pedaço de rocha do tamanho do monte Everest com uma energia de 10.000 vezes o arsenal nuclear da Terra, todos começaram a repensar algo que não parecia tão lógico: O tamanho, o choque e a distância dessas grandes pedras.
Bom, como já é de costume, vamos viajar nos dados que já temos disponíveis. Júpiter está situado a 628 milhões de quilômetros da Terra. Muito? para quem está acostumado às distâncias na escala terrestre, pode parecer. Mas, não é. Na escala astronômica, em que as distâncias se contam em bilhões e trilhões de quilômetros, ela é mínima. Numa comparação relativa, pode-se dizer que, no sistema solar, Terra e Júpiter estão separados um do outro por uma distância equivalente ao percurso entre as cidades de Curitiba e São Paulo no mapa do Brasil. Numa escala mais ampla, galáctica, estão tão juntos como dois jogadores de futebol, em comparação com todo o resto dos habitantes de um país. Há sempre uma bola batendo em alguém, dentro ou fora do campo. E, desta vez, bateu em Júpiter. Para se ter uma idéia, as distâncias no sistema solar são:
SOL - Mercúrio (58 milhões de quilômetros a partir do Sol) - Vênus (108 m/km/S) - Terra (150 m/km/S) - Marte (228 m/km/S) - Júpiter (778 m/km/S) - Saturno (1427 m/km/S) ... Mas, essas distâncias mudam alguma coisa?
Isto torna-se evidente quando levamos em conta alguns "arranhões" que levamos, como exemplo, no dia 22 de março de 1989, às 23h, horário de Brasília, o asteróide Asclepius, uma montanha de rocha e metal, passou a 690 mil Km do nosso planeta. Parece muito, mas para um asteróide, que se desloca a 170 mil km/h, não é.
Se Asclepius tivesse passado 6h30 mais cedo, às 16h30, nosso mundo teria acabado numa tarde de verão.
Em 1996, o asteróide Jai passou ainda mais perto, a 450 mil Km de distância. Mas o recorde foi batido em 1994, quando o Asteróide XM1 errou a Terra por uma hora e 105 mil Km. O XM1 era pequeno, mas tinha energia cinética suficiente para produzir uma explosão de mil megatons (a maior bomba nuclear já detonada só tinha 25 megatons).
O assunto só se tornou público quando o cometa Shoemaker-Levy 9 colidiu com o planeta Júpiter no dia 17/07/94, abrindo um orifício maior do que o diâmetro da Terra nas camadas gasosas do planeta gigante. Isso realmente chamou nossa atenção.
Talvez tenha ficado uma pergunta em sua mente: Há uma necessidade de se saber ciência? O cristão necessita disso?
SIM, e não. O apóstolo Paulo recomenda que provássemos de tudo e retesemos o que fosse bom. Nesse sentido, SIM, somos chamados a dar explicações de nossa fé às pessoas ao nosso redor, e mais importante ainda, explicações para nós mesmos.
Em toda a história da Terra, o homem tem o desejo de entender o que ele está fazendo aqui? De onde veio? Para onde vai? Isso nos inquieta.
Com esse fim, foram estabelecidas várias formas de pensar para explicar as origens, que no fundo, se dividem em somente duas grandes correntes, o chamado criacionismo e o chamado evolucionismo.
E NÃO, no sentido de que um cristão fiel, pode viver tranquilamente e ser salvo, sem que questões como esta lhe prejudiquem a salvação. Mas também não poderá ajudar outros a se convencerem de que Deus deixou pegadas na natureza para serem seguidas.
Acredito que este tema está mais ligado com as inquietações humanas, algo dentro de nós que precisa ser respondido e, principalmente, as evidências que nos levam a crer que realmente, Deus é o criador.
A diferença está na forma de entender a origem de tudo e os processos em andamento no mundo atual. Muitas são as teorias, credos e filosofias que tentam explicar a origem do universo e do homem. A busca de significado para a vida, sem dúvida, é um dos mais profundos anseios humanos e, na busca deste significado, devemos considerar o problema das origens num contexto também permeado pela preocupação com a natureza da realidade última e com o destino dos seres e das coisas. Ressalto, entretanto, que ambos, Criacionismo e Evolucionismo, são preocupações científicas, quase teorias, e portanto, não demonstráveis cientificamente. Afinal, em ciência, se um fenômeno não se repete ele não pode ser confirmado.
Aí, tanto a evolução quanto a criação, como qualquer outra teoria científica, pode inicialmente ser divulgada por razões estéticas ou metafísicas, mas o teste real é verificar se ela é capaz de fazer previsões que empatem com as observações.
Então, podemos dizer que nem criação nem evolução são teorias pois nenhum dos dois, um Deus criador ou mesmo outro, obra do acaso com milhões de anos podem ser confirmados. Se não são confirmados, não são ciência, são modelos explicativos, uma forma de explicarmos, sem provar nada, que algo poderia ser assim. Necessita-se então de fé, tanto para um como para outro.
Mas isso não é novo.
Os seres humanos sempre querem explicar tudo, quando não conseguimos explicar as coisas damos a elas o nome de fenômeno. Prático não!
Mas as idéias criacionistas aparecem em todas as culturas. Nelas, há sempre um deus, ou deuses criando tudo ao nosso redor. Talvez uma versão própria do relato que os pós-diluvianos tinham, quando da separação em Babel. Mas o enfoque principal foi no século XIX, com o chamado racionalismo e o materialismo histórico, que acabou por implantar uma nova ordem social. As pessoas estavam saturadas do tradicionalismo religioso, e das fogueiras da inquisição, queriam pensar por si só, e se livrar do jugo da Igreja, daí uma libertação desse modo de pensar.
Agora só lhes interessavam novidades, não importando para muitos o fundamento das novidades. Assim o pensamento evolucionista acabou se infiltrando nas demais ciências, que viam nessa forma de pensar, algo diferente da religião e do conformismo.
E, naquele momento, começou a ser difundido amplamente nas escolas e nos meios de comunicação. E o que é pior, uma idéia muitas vezes repetida acaba virando uma verdade.
Bom mas qual é o problema dessas chamadas teorias? Não são semelhantes já que tentam explicar as origens?
Hoje, o maior problema entre cientistas e religiosos é que ambos desconhecem o terreno do um do outro, há muita ignorância científica por parte do religioso, e, por outro lado, muita ignorância religiosa por parte dos cientistas. Ou sejam, brigam sem saber o que cada um defende.
É necessários compreendermos que tanto evolução quanto criação não possuem provas absolutas daquilo que pregam. E é por isso que são modelos explicativos.
Elas possuem singularidades, pois o criacionismo crê que o originador da vida foi Deus, talvez até com um possível Big Bang, por que não. Já a evolução, crê num período remotíssimo (15 bilhões de anos) desde sua explosão até agora.
Ambas aceitam a formação a partir de elementos inorgânicos, sem vida, pois Deus criou do barro, e os primeiros seres estavam na chamada sopa orgânica. Mas existem evidências que colaboram com o modelo da Criação. Nesse espaço iremos dar-lhes alguns.
O que importa é entender que não estamos soltos a toa no cosmos, tudo conspira para nossa proteção e segurança. Como um pai zeloso, Deus está a nos velar no passeio que executamos cotidianamente no universo. Os asteróides que passam por nós, podem até assustar. Mas só fica assustado quem não leu o que as profecias dizem a esse respeito. Por isso, devemos reivindicar de Deus suas promessas. E felizmente podemos.
O Cristão tem uma segurança, não sendo desse mundo, ele, não tem medo do futuro, pois o conhece, tal e qual o está revelado na Bíblia.
Sede firmes, fortes e valorosos, pois nos foi alertado que " E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições da ciência, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé. A graça seja convosco." (I Timóteo 6:20-21).
Assim, em ciência, é muito fácil termos teorias e mais teorias. Porém a ciência tem seus limites.
O que me faz crer na verdade da Bíblia, em supressão a tudo o mais, é a sua imutabilidade. Como pôde ser mostrado, não estamos a girar ao acaso ou mesmo, que contamos com muita sorte. Não podemos tirar da Bíblia a sua preciosidade, que é o divino, não as ações científicas, mas a manifestação divina.
O que existe é que alguém está cuidando e velando por nós, pois ainda há um grande acontecimento para este planeta, algo que resolverá, com certeza nossas inquietações, principalmente, as do tipo: quem somos? para onde vamos? evoluímos ou fomos criados?
Essas e outras perguntas, creio, faremos ao próprio Criador.
Crê você nisso?E então, você já leu sua Bíblia hoje?

Pedras do Céu

Recentemente, uma notícia esteve em voga na mídia nacional: Um possível cometa poderia atingir a Terra. Desfeitos os prognósticos de morte a todos na Terra, ficou a curiosidade: Quem são esses corpos celestes? A Bíblia, em algum momento os menciona?
Quando iniciamos nossa busca por informações sobre a coerência entre a Bíblia e a natureza, nos deparamos com Josué 10:11, que diz: "Sucedeu que, fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, fez o Senhor cair do céu sobre eles grandes pedras, até Azeca, e morreram. Mais foram os que morreram pela chuva de pedra do que os mortos à espada pelos filhos de Israel."
As pedras que caíram do céu, e muito ajudaram os filhos de Israel são asteróides, rochas livres no espaço, resultado de formações antigas de sistemas solares. Sabemos disso hoje, graças a trabalhos generosos de astrônomos durante a história da Terra. Em 1783 publica-se o Cométographie de Pingré, principal repositório de informações sobre cometas aparecidos até aquele momento. Desde essa época, o interesse científico pelos meteoros e cometas cresceu bastante, o que nos leva a perguntar: Esse fenômeno é comum?
Sim, e muito. Numa noite com muitas estrelas você poderá ter a sorte de ver uma estrela cadente riscando o céu. No aspecto histórico, para que se tenha uma idéia, analisemos um cometa em especial. Há 4.210 anos atrás passava pela Terra o cometa Hale-Bopp com seu brilho característico onde, naquela época, Já separados pela tola tentativa de irem contra os desígnios de Deus em Babel, os egípcios estavam construindo as grandes pirâmides, os chineses aprendiam a dominar a irrigação, a técnica de refinar grãos e o calendário lunar. Na Mesopotâmia, onde hoje fica o Iraque, surgiram as primeiras cidades muradas. A principal moeda de troca entre os povos da região eram os cedros do Líbano, hoje extintos. Na Índia, faziam-se aquedutos e silos para estocar alimentos. Já os filósofos gregos, a Guerra de Tróia, os imperadores romanos, o próprio surgimento histórico do cristianismo, os templos incas e astecas - tudo isso, pertencia ainda ao futuro.
Num giro pelo mundo de então, podemos ver que as sementes da civilização lançadas pelos sumérios e acadianos se disseminavam por outras regiões na época em que o cometa apareceu. No extremo Oriente, três grandes civilizações estavam emergindo. Às margens do Rio Indo, na atual fronteira entre a Índia e o Paquistão, os harapenses já utilizavam a irrigação, projetavam cidades e tinham governos municipais que se responsabilizavam pelo estoque de água e alimentos. No Sudeste Asiático, cultivava-se arroz ao redor de grandes aldeias ao longo do Rio Mekong. Mais ao norte, nas margens do Rio Amarelo, os chineses já dominavam a escrita, teciam a seda, produziam vasilhas de cerâmica e, um pouco mais tarde, utensílios de bronze. Ainda faltavam 1.000 anos para que a dinastia Ming erguesse a atual muralha da China. O povo Egípcio, nessa época, tinha o governo da sexta dinastia dos faraós no antigo império, sua capital era a cidade de Memphis. Foi a dinastia responsável pela construção da Grande Pirâmide de Gizé, cerca de 400 anos antes da aparição do cometa.
Situada à margem direita do rio Eufrates, a cidade suméria de Ur estava entre as maiores metrópoles da época, com mais de 30.000 habitantes. Dessa cidade, Abraão, saíria mais tarde para dar início ao povo escolhido por Deus.
O mais real de tudo, é que Deus convidava-o, naquela época, a olhar para o céu e contar as estrelas, pois essa seria a sua descendência.
Após esse giro, outra pergunta aparece: Temos evidência desses corpos celestes aqui na Terra? Sim. O meteorito ainda preservado e acompanhado da mais antiga documentação de sua queda, caiu em 1492 em Ensisheim, Suiça. Na igreja da cidade encontra-se o seguinte registro: " No dia 16 de novembro de 1492 aconteceu um singular milagre. Entre as onze e meio-dia, com um forte estalo de trovão e um prolongado ruído, que foi ouvido muito longe, caiu em Ensisheim uma pedra de 120 Kg. Uma criança a viu atingindo o solo num campo perto de Gisgaud, onde fez um buraco com mais de um metro e meio de profundidade. A pedra foi levada para a igreja como objeto milagroso... O rei Maximiliano que estava então em Ensisheim, levou a pedra para o castelo. Quebrou-a em duas partes, uma para o duque Sigismundo da Prússia e outra para si próprio. Proibiu que mexessem mais e deu ordem para que fosse exposta na Igreja paroquial." Diante dessa pedra, colocou-se a seguinte inscrição: De hoc lapide multi multa, omnes aliquid, nemo satis. (Desta pedra muitos falaram muito, todos disseram algo, mas ninguém o suficiente).
Para que o leitor se situe, é necessário, primeiro, entendermos o sistema solar, que abrange o Sol, os planetas, os satélites dos planetas, os asteróides, os cometas, os meteorítos, a poeira zodiacal e o vento solar. Ele deve incluir, primordialmente o Sol e todo o conjunto de objetos que se movem no espaço, como se fios invisíveis os mantivessem permanentemente ligados a ele. Essa ligação resulta da atração gravitacional. Todos os corpos são capazes de exercer essa atração, mas, os possuidores de maior massa ou quantidade de matéria, a exercem com maior intensidade. Assim sendo, no Sistema Solar, a ação atrativa preponderante é a do Sol. Mas à medida que nos afastamos dele, essa ação é menos intensa.
A poeira zodiacal é constituída de grãos pequeníssemos (cerca de 10 mícrons), que estão presentes no Sistema Solar. O Vento Solar, é o gás aquecido da coroa solar que, tendo rompido a ligação gravitacional com o sol, dele escapa, emanando energia pelo sistema afora, movendo as pedras que ficam soltas no espaço. Sabemos que há um cinturão de asteróides (com pedaços de pedras do tamanho de grãos de areia a outros do tamanho de um caminhão grande), bem próximo a Terra (entre Marte e Júpiter), esse cinturão agrupa pedaços de pedra de vários tamanhos, que sofrem a ação gravitacional do Sol e dos planetas gigantes como Júpiter e Saturno. Mas, neste caso, o que sucedeu no verso bíblico do nosso comentário?
De alguma forma espetacular, Deus utilizou uma força (provavelmente a que existe até hoje, a gravitacional) para direcionar uma chuva de meteoros (pedras) na direção de uma região do atual Iraque (Palestina), em favor de seu povo, para vencer uma batalha (intervenção divina).
Este evento só poderia acontecer por ação de uma força especial e estranha as forças gravitacionais existentes (milagre), o que caracteriza a fé num ser Criador e mantenedor de tudo, inclusive do próprio cosmo.Aqui, torna-se necessário lembrar que os meteoros já eram bem compreendidos à época de Cristo, pois Este os citou como cumprimento de um dos requisitos para sua 2ª vinda, a chuva de meteoros (S. Mateus 24:29), onde, creio, segundo a literatura histórica disponível, já obteve seu cumprimento, no dia 13 de novembro de 1833, basta procurar na Internet. Então, mais uma vez Deus deixa suas pegadas na Criação, pegadas essas para que qualquer pessoa possa segui-las. E então, você já leu sua Bíblia hoje?